Skip to content

Justificatio ad tota bacteria

Pois que fique claro que o nome Jairo Silva-Naya são as iniciais USP, só que ao contrário (basta ver o símbolo da universidade com a tipografia certa que, de ponta cabeça, perceberás claramente JSN)

Jairo não me remete a nada, é só um nome que acho meio bobo, meio divertido e suficientemente normal. Silva surge com a onda do “verdadeiro nome brasileiro”, que é uma bobagem tremenda, mas servirá para os fins pseudo-nacionalistas do autor.  E Naya, lembrem-se do engenheiro Sérgio Naya, já morto, que está ligado a um caso de desabamento. Remeto ao preceito do autor que inventei: “construir e concatenar uma poesia nacional firme e forte que aponte ao céu”. Óbvio, uma piada, como todas as referências ao nacionalismo que execro e só utilizo para mostrar o quanto é ridículo.

O movimento social literário e fictício que Jairo funda, inventa um passado e liga-se a ele, por fim, é tão ridículo quanto. Busca um nacionalismo-regionalista patético, baseado na obra de Monteiro Lobato, o Sacismo, e sua vertente radical, o Nazi-Sacismo. Que, novamente, fique claro o caráter patético, tosco e crítico do movimento, pois ao nazismo associa-se um personagem folclórico negro e deficiente.

Portanto, a poesia aqui expressa é de caráter crítico, ao meu ver, e irônico. Todos os preceitos apresentados buscam sua própria destruição, a ênfase no auto-engano (como um líder nazista descobrindo que possuía antepassados ciganos) e uma reflexão própria sobre minha cidade, meu país e a intolerância, o medo.